A propósito do post anterior, relembrou-me este vídeo:
Costuma-se dizer que os "feitiços viram-se contra os feiticeiros". O governo foi demagogo, por isso foi bem feito isto (como foi vamos ser demagogos com eles). O problemas de estarmos a ser demagogos é levar com isto de volta. Justifica-se mesmo?
Sinceramente, não tenho paciência para discutir estas novelas que nem do próprio assunto falam o que realmente interessa.
O nosso presidente não tem noção do que diz...
Sou sincero que nem conheço muito bem os contornos do "manifesto" (um projecto de lei do Congresso norte-americano que condiciona a liberdade na internet), mas cheira-me que não preciso pesquisar muito sobre isto para dizer que apoio. Entre os grevistas estão o Google (scary... tenho trabalho amanhã para fazer, espero que não exija muita pesquisa), Wikipedia, Wordpress ou Mozilla... aparentemente, estarão o dia de hoje 12 horas fechados.
P.S.: Eu coloquei o script no "header", espero que funcione... é este:
<script>var a=new Date,b=a.getHours()+a.getTimezoneOffset()/60;if(18==a.getDate()&&0==a.getMonth()&&2012==a.getFullYear()&&13<=b&&24>=b)window.location="http://sopastrike.com/strike";</script>
P.S.2: Já sinto o receio da comunidade de perder o acesso ao blog durante 12 horas... :p
Quando se tem Pedro Santos Guerreiro a explicar no editorial do Jornal de Negócios o que realmente valem as polémicas nacionais, pouco há mais a dizer. Sobre dois temas, acerta em cheio, mas na blogosfera política portuguesa já se luta para ver qual dos textos tem mais êxito pois parece que um texto é de direita e outra é de esquerda (?!?!?).
O primeiro texto (dizem que é o de direita) é sobre a polémica em torno da emigração da holding da Jerónimo Martins (e não da Jerónimo Martins em si, que na boa verdade também já emigrou boa parte do seu "corpo" há algum tempo), data 3 de Janeiro:
Agora o segundo texto (dizem que é o de esquerda) sobre as nomeações na EDP:
Se o caso da "Jerónimo Martins" é uma histeria em que parece que os portugueses acham que emigrar é anti-patriota. Pois é isto o que fica das reacções em si (salvo as devidas diferenças entre empresas e pessoas) ou então têm a haver com a qualidade de informação que foi transmitida pelos medias. Já o caso da EDP é mais grave e crónico. Directamente, nem se pode pegar pelo lado em que o Estado está a dar tachos, pois agora a empresa é totalmente (?) privada e não tem de dar justificação a quem contrata. No entanto, todo o processo de negócio da privatização fica sob suspeita sobre em que é que foi a moeda de troca para tanta gente ter aquele poleiro.
Eu até diria mais se soubesse mais que o PSG, mas fica só aquela frase dele "(...) Já não é descaramento, é descarrilamento (...)". Sobre este governo, parece que a política do "tacho" não mudou. O problema é que esta dança de cadeiras sem uma escolha política alternativa parece que, cada vez mais, caminha para algo que pode acabar feio. Sim, porque quando a democracia não funciona, legitima-se outras formas de governação mais perigosas.
Nota ainda sobre o caso da Jerónimo Martins: é preciso ter lata para vir dizer que só estão a "pagar" pelas opiniões/exposição política que o CEO teve nos últimos anos aquando das várias críticas ao governo anterior. Vi a entrevista de Dr. Manuel dos Soares à SIC Notícias (que inicialmente servia para outro propósito) e, apesar de não concordar com alguns pormenores aquando da sua opinião política, gostei muito das suas posições face a vários assuntos. Sobre a defesa em relação a ser a "paga" pelas suas posições disse o básico e mais que suficiente (citando por alto): "Eu sou cidadão português, pago impostos como qualquer outra pessoa, tenho direito de opinar como qualquer outro cidadão".
A explicação da mudança da holding está lá, para quem estiver interessado.
Fatboy Slim - Praise You
Um dos melhores videoclips de sempre.
"Maçonaria é o quarto escuro dos crescidos" por Bernardo Pires de Lima no União de Facto.
"As Casas dos Segredos"
por Tiago Mota Saraiva no 5Dias.net
A primeira semana de 2012 em Portugal trouxe questões muito importantes como a indignação pela "emigração" da Jerónimo Martins numa histeria patriótica típica portuguesa e toda a polémica em volta da Maçonaria. Pena que estas discussões passaram-me um bocado ao lado. Sobre isto deixo o comentário facebookiano de Henrique Monteiro:
"É interessante ver como os tolos, quando lhe apontam a lua, olham para o dedo. A história começa com uma atuação ilegal dos serviços secretos a favor de uma empresa; com a interceção do telefone de um jornalista e com outras aventuras do estilo. Como um ou mais desses espiões faz parte de uma tal Loja Mozart que tem 40 pessoas, entre as quais uma dúzia de políticos, passa tudo a discutir se os políticos devem declarar se são maçons. Faz todo o sentido, porque a história de os serviços secretos atuarem privadamente não tem interesse. Valha-me Deus..."
Não é que esta coisa da Maçonaria ou da Opus Dei não interesse do ponto de vista da ascenção social e profissional dos seus membros, mas estas discussões que aconteceram descabam sempre para questões com pouca relevância.
Aliás, esta questão da Maçonaria faz-me lembrar também os comentários de António Oliveira sobre o poder da Oliverdesportos no futebol nacional. Toda a gente sabe, mas de repente todos ficam surpreendidos ao ouvir alguém de "dentro" a dizer da boca para fora.
Curioso que, apesar de nunca ter tido Ayrton Senna como ídolo que fora para muitos, eu também sei onde estava no dia em que Senna morreu. Até aquela altura não sabia muito de Fórmula 1, passava no Canal 2, mas ainda nem 10 anos tinha. Poucos meses depois comecei a acompanhar a era de Damon Hill, Jacques Villeneuve e, sobretudo, de Michael Schumacher. Durante alguns anos (praticamente o resto dos 90's), gostei de Fórmula 1, mesmo não tendo aquela característica que fica bem a qualquer macho latino que é discutir a cilindrada de carros. Até hoje, nem sabia que Alonso, Schumacher, Hamilton e Massa ainda andam por lá. Convenhamos que este desporto também entrou no século XXI a partir para o declínio.
Voltando a Senna, vi esta semana o filme documentário. Confesso que conhecia pouco do brasileiro, apenas me lembro do fatídico ano de 1994 em que se tornou num "mártir". Lembro-me de ir em família ver o Benfica-Porto ao velho Municipal de Coimbra e de um primo meu ter comprado, não a bandeira do Benfica, mas do Senna. Era como o Che Guevara das t-shirts, qualquer banca tinha material alusivo a ele. Nunca me preocupei muito em saber o que tinha de tão especial, mas sabia que tinha algo e não era apenas por morrido novo e em plena pista.
O documentário já me tinha sido recomendado vivamente e é quase redundante falar (muito) bem do mesmo. Está muito bom e é difícil ficar indiferente a tanta emoção. O que fiquei a saber foi que Senna não era um mero campeão, mas era candidato a ser daqueles desportistas eternos como se tornaram Tiger Woods, Maradona, Schumacher ou Muhammad ali. É engraçado ver apenas parte da carreira dele, ainda que em filme (e, portanto, logo sempre mais romanceado), e perceber que a F1 com ele tinha o triplo da emoção e que era sempre mais complicado adormecer num domingo à tarde ao som de motores a sair pela televisão.
Entre a genialidade e a loucura, ele queria ser campeão do mundo, mas ao viver todo aquele ambiente que é fantasia para quase todos já só sentia saudades dos tempos dos karts. Curioso que apenas um mês antes, um ídolo meu de adolescência tenha também morrido e, como tudo, existem algumas parecências. Kurt Cobain, certamente, também quis ser um rock'n'roll star, mas ao viver só quereria voltar aos clubes pequenos onde não tinha editoras e imprensa que deturpavam a inocência do prazer que tinha.
Agora percebo melhor porque ele era o ídolo que era para milhões. Senna queria apenas competir pelo prazer de pura condução. Era disso que sentia saudade. Ele não queria ganhar apenas, queria andar mais rápido possível... até perceber que um campeão normalmente tem de jogar à defesa e na secretaria. As imagens captadas após o GP do Japão de 90 em que volta a ser campeão após um acidente com Prost captam todo este conflito entre ser o melhor e a incapacidade de o ser sem deixar de lado a pureza da coisa.
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