Há um mês, pelo Lateral Esquerdo se escrevia "Quebrou por onde tinha que quebrar".
Passado um mês, acho que se pode repetir o post, desta vez trocando Gaitan por Jardel... nos primeiros minutos aquilo assustava, o golo foi apenas a confirmação.
A sentença: Jesus não tem desculpa.
A discussão entre a esquerda e a direita está outra vez ao rubro. Não interessa o raciocínio, os da direita têm de defender os polícias (que estão desprotegidos... sem armas nem nada) e os da esquerda têm de defender todos os manifestantes (incluindo os arruaceiros, porque parece que quem não se sente não é filho de boa gente).
A minha opinião já foi expressa, em parte, anteriormente (sobre a carga policial), mas voltemos agora por partes.
Isto são arruaceiros a destruir bens de pessoas que nada têm a ver com aquilo que lutam. É fácil perder o controlo numa manifestação? Talvez, mas aceitar isto é tão ridículo como as lutas entre os adeptos do Benfica e Porto ("hoje, apredejaram o carro do presidente do Borbodosa FC" ... "ah, mas a semana passada atacaram o autocarro do Arrifanense" ... "ah, então está tudo bem"). É comum em conversas de café, ou agora via facebook, achar-se que isto vai lá é à porrada... na Grécia, é assim... na França, é assado... tenta-se justificar o injustificável.
Isto é uma carga policial. Se deve ou não ser feita, não vou entrar em campos que não são os meus. Pelos vistos, é na sequência do vídeo anterior, não se podendo dizer que foi totalmente injustificável. Mas...
Isto é inadmissível. A polícia também não pode perder a cabeça e os polícias não devem agredir pessoas indefesas, estejam ou não a dizer clichés como "facistas". Uma coisa são arruaceiros, outra são pessoas indefesas (exaltadas ou não). Já vi cenas destas a acontecer antes de jogos do Benfica e Porto, pessoas que vão para ver o jogo, não estão a transgredir sequer alguma coisa e levam umas bastonadas porque os polícias... querem acção. Joguem no computador, então... ouvi dizer que há muitos jogos do género e até mais emocionantes.
E toda a discussão sobre isto gira entre claques políticas. A política é como o futebol, vemos as coisas pela cor que queremos...
Pena é que o Fernando Pessoa seja obrigado a ver isto, sentado e impotente até para escrever para esta gente.
Um olhar sobre Portugal pela visão de Hugo Gonçalves. Está em reposição na Sic Radical a série de 10 episódios de reportagens sobre várias áreas do nosso país. Da política ao futebol ou da forma como vemos a polícia à incursão pelo jet7 nacional, cada episódio leva-nos a observar cada tema de uma forma íntima, sem a frieza de outras reportagens. A vontade de questionar é ponto assente, por isso não é recomendável (não que choque, apenas é desinteressante) a mentes quadradas.
A série é de 2009 (talvez realizada mesmo em 2008), mas em nada de perde no relativamente pouco tempo que passou.
"É grave que a polícia em Portugal não tenha autoridade. Ainda mais grave é não saber conquistá-la." Ricardo F. Diogo
Ou temos uma polícia que não sabe lidar com manifestações ou o comportamento teve fins políticos. Espero que seja a primeira, porque a segunda é reveladora que nem a ala anti-cavaquista sabe comportar-se em democracia.
Cada vez gosto mais disto...
Confesso que ontem tinha pre-determinado que não veria o jogo entre o Benfica e o Porto até ao fim, apenas o seu início. Havia duas razões que se conjugavam para que não tivesse um interesse de acompanhar até ao minuto 90+"descontos": o principal é que tinha trabalho em atraso que convinha ser feito após as 21 horas e 30 minutos e o que ajudava a não ter preguiça em o fazer é o que estava em jogo neste... jogo. Pode ser que o tempo o desminta, mas sinto que o Benfica tinha muito a perder neste jogo e tudo o que o Porto tinha a perder era a oportunidade de aniquilar a época do seu rival. Psicologicamente, seria terrível uma nova derrota frente ao FCP em plena Luz.
Não é uma questão de benfiquismo. Simplesmente, dei por mim no último clássico a ficar deprimido com a derrota no campeonato. A razão de tal era simples: a equipa do Benfica é melhor, o treinador é melhor, isto tudo em teoria, mas a capacidade de motivação do outro lado é muito superior. Com ou sem fora-de-jogo - o empurrão que levam sempre -, vejo sempre do outro lado uns jogadores às riscas azuis e brancas a superarem-se nestes momentos. Fora já assim na incrível reviravolta para a Taça no ano passado (curioso, sempre com um fora-de-jogo como "empurrão"). Portanto, pela minha saúde mental tinha de deslocar a minha cabeça para outra coisa.
O Benfica ganhou. Não a Taça da Liga, o menos interessante do jogo de ontem, mas uma pequena palmada nas costas para o resto da época.
Aparte 1: Ainda hoje tenho a convicção que o Benfica seria vencedor da Liga Europa, o ano passado, diante de equipas bem mais complicadas que o Braga. O problema era mesmo encontrar o Braga ou o Porto pelo caminho.
Aparte 2: O Jesus deve ter acreditado que havia ali muita bruxaria aquando das 3 bolas nos ferros.
Ricardo Costa acaba de apostar que Sócrates esta morto politicamente (pelo menos a nível nacional). Uma aposta que não é assim tão obvia como pode parecer numa conversa de café, mas que faz algum sentido.
Este post é mais uma nota e inauguração de uma rubrica, vou ali meter um link de lado para daqui a uns anos "cobrar" as apostas arricadas que se vão fazendo.
Esta campanha é qualquer coisa de genial... tenho dito.
Da escolha do nome do produto à comunicação, passando pelo nome da localidade da sede do negócio de seu nome Bufarda. Já ganhou!
"No Recaldo de Krugman", por Priscila Rêgo (A Douta Ignorância)
Não tenho grande opinião sobre qual o melhor caminho económico para Portugal e a Europa (ou, preferivelmente, para a Europa e Portugal), mas o zum-zum habitual dos "sócios" de esquerda a citar sempre Krugman (vs os "sócios" de direita que apelam à austeridade pela austeridade) sairam mediaticamente furados com a vinda de Krugman a Portugal... quer dizer, furados? 75% dos portugueses não deve saber quem é o homem...
O que acho importante no post da Priscila é o realçar que isto de defender teorias económicas (Keynes 'rula' actualmente) é muito bonito, mas o pessoal esquece-se sempre ler as entrelinhas. A blogosfera que tanto citava Krugman já veio dizer que desconstextualizaram o homem, mas quer-me parecer é que não gostam muito da solução que ele apresenta.
O que eu percebi, penso que até já há algum tempo, é que o homem acha que os salários de países periféricos como Portugal devem descer 30% face aos alemães (ou os alemães subirem 30% face a estes). Podia ser feito através de inflação (por acaso, não sei como incitar tal coisa, já que a moeda é a mesma... mas isto sou eu que sou um leigo), podia ser feito até com a Alemanha a subir os seus salários (sim... sim... contem com isso)... Ele até acha preferivel estas opções, mas elas não dependem apenas (quase nada) de Portugal. O que ele diz é que então é inevitável serem estes países a fazer cair o preço da sua mão-de-obra.
Eu não sei se o homem tem razão, embora seja dado o crédito que a sua política seria substancialmente diferente da do actual governo (mas esta medida em si seria dada com a austeridade da austeridade, convém dizê-lo). É apenas uma opinião de política económica entre tantas outras... o importante é que isto não é só "viva o expansionistmo" ou "viva a austeridade". Convém ler as letras míudas destas teorias.
"O preconceito decidiu contra o interesse das crianças", por Daniel Oliveira (Expresso Online/Arrastão)
Há pouco a acrescentar ao texto... apenas dizer que é uma falta de conhecimento achar que as crianças estão melhores em instituições do que adoptadas por um casal homossexual. Já tive a oportunidade de trabalhar com crianças de algumas destas instituições nos tradicionais Campos de Férias, ao todo foram três em que tive contacto com mais do que um míudo das mesmas. Duas delas são das mais conhecidas na nossa sociedade e ajudou-me a perceber que ou as mesmas não têm condições ou trabalham mal (no fim, vai dar ao mesmo), só uma pouco conhecida e ter características distintas pude apreciar mais o seu trabalho, mas longe de achar que não teriam um melhor acompanhamento com qualquer tipo de adopção (desde que os pais estejam preparados).
Para não falar da aberração jurídica em que um homossexual solteiro ou com união de facto pode adoptar, mas um casal casado não o pode fazer.
A minha opinião de princípio: a sexualidade aqui não é chamada para o caso, nem me interessa os hábitos sexuais de quem é casado (até porque o casamento não atesta nada disso), interessa-me é saber que crianças podiam ter uma educação melhor com pessoas que querem ser tutores delas e estão aptas a tal.
Se o problema é a homossexualidade, tenham cuidado... verificam mesmo nos casamentos de pessoas de sexos diferentes que elas são heterossexuais? Pois...
Queres mesmo ver o meu perfil? Não tem nada de jeito...
Se quiseres seguir-me é aqui, mas não digas que não te avisei
. 8 seguidores