Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

Cenas épicas... Band of Brothers e Ronald Speirs

"Anyone care for a smoke?"

 

(A última parte está fora da cronologia, quer dos eventos quer da série, apenas serve de contextualização da cena.)


"Band of Brothers", uma das melhores mini-séries de sempre. Estava indeciso entre esta cena ou esta:


(versão longa: http://www.youtube.com/watch?v=14i_1xx4u3I)


Escolhi a do cigarro porque persegue quase toda a série de um líder que não se importa de ser temido pelos seus e que não faz nada para acabar com o boato que está na base do medo. Não sei se é a minha personagem favorita da série, mas é certamente com a que menos me identifico... talvez porque nunca teria a capacidade de liderar e lidar bem com as virtudes da solidão inerente ao cargo. Ainda mais difícil era fazer algo perto da segunda cena, como que uma insconciência heróica, mas esta série não seria a mesma sem este gajo.


Fica aqui mais um rol de cenas:


(uma cena acerca de ambos os excertos acima)

 

"Hopeless War"

escrito por João Saro às 22:13
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Sábado, 10 de Novembro de 2012

Ai, os militares...

(Roubado ao 5dias.net... com propósitos diferentes, sim)

 

Este suspiro pelos militares é um bocado idêntico aos suspiros pelo papel do Presidente da República. No alto das suas cadeiras, os militares é que sentem o povo e por ele lutarão com o seu material bélico. Ai, os militares.

 

Com esta anologia, compreendo a minha repulsa pela a estruturação do sistema político português, mas que, aparentemente, todos apreciam. É sempre bom ter uma última figura em que se refugiar. O Presidente da República é uma espécie de último refúgio democrático (podia-se falar tanto sobre a coisa democrática nesta figura) quando ainda não estamos no desespero, os militares são o último refúgio para revolucionar isto tudo quando se atinge esse ponto.

 

Isto, dificilmente, descamba para uma revolução militar (pelo menos, a breve trecho), mas estes suspiros são tão saudosistas... e não muito longe dos mesmos que dizem que "no tempo do Salazar, é que era". Pensar que só por terem armas se podem achar num direito superior, é assustador. E que democracia (e nada garante que tenha este nome) melhor propõem eles?

 

Apenas duas coisas para terminar: (1) se os militares resolvessem alguma coisa, éramos um país esclarecido (3 revoluções militares profundas durante o séc. XX); (2) os militares não me representam, ponto.

escrito por João Saro às 01:54
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Sexta-feira, 2 de Novembro de 2012

Momentos favoritos

 

Este episódio é na sequência de um episódio lamentável no nascimento da democracia portuguesa, mas é um dos meus "episódios" favoritos da mesma. Podia-me rir apenas de "episódios" inofensivos, como o do Mota Amaral e o artigo 69º - vídeo -, mas estas frases são "qualquer coisa", sobretudo quando se trata de um primeiro-ministro:

 

"Fui sequestrado. Já duas vezes. Não gosto de ser sequestrado. É uma coisa que me chateia."

escrito por João Saro às 15:22
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Feriados e a minha proposta

Ando tão mal informado que não sabia que o 1 de Novembro seria um dos feriados a cair entre 2013 e 2018. Eu já estava desiludido da forma como foi tratado este assunto. Não sou contra ao fins de certos feriados, até pelo contrário, pelo menos dos que estão no calendário. Talvez tenhamos feriados a mais face à Europa, talvez não andemos muito longe. A minha desilusão é que nunca se discute a raiz das coisas e nisso sou muito adepto do radicalismo. Ter menos ou mais 4 feriados durante 5 anos por razões económicas parece-me uma treta das grandes.

 

Afinal porque devemos ter mais ou menos feriados?

 

A mim parece-me que há uma razão óbvia: datas importantes históricas que devam ser lembradas ou datas socialmente marcantes. Chamar aqui a religião não tem qualquer lógica, excepto quando enquadrada no segundo critério.

 

Podem existir outras razões, estou-me a lembrar de uma que seria uns dias de férias sociais forçadas e maioritariamente comuns espaçadas ao longo do ano. Que eu saiba, nunca ninguém alegou tal coisa, apesar de me parecer ser a principal motivação emocional na discussão dos mesmos feriados. Portanto, vamos ficar pela tal primeira razão óbvia até porque ela não é assim tão incomportável com esta última.

 

E com este critério, haveria alguns feriados facilmente cortáveis no calendário e um, pelo menos, que devia ser acrescentado. Não faz sentido, por exemplo, o Carnaval não ser feriado quando é uma data social facilmente justificável. 

 

Dos feriados religiosos, boa parte podia ir ao ar, porque quase ninguém exerce de facto e isto não é uma religião que decide porque lhe apetece. Ora bem, 8 de Dezembro é sobre quê mesmo? Corta! 15 de Agosto? Deve ser férias, não me lembro que feriado é. Corta! Corpo de Deus? Epá, era bom para abrir a Ceirarte*. Mas o resto do país não se deve lembrar. Corta!

 

Natal e Sexta-Feira Santa já me parecem inquestionáveis (senão quisermos questionar todos os feriados, claro). E o 1 de Novembro? Ou tenho uma noção muito errada da sociedade portuguesa ou este (excluindo o Carnaval das contas) é o terceiro feriado religioso mais relevante socialmente. Nunca o proporia se tivesse de fazer uma sugestão de raiz, quanto mais considerar cortar não cortando um 8 de Dezembro ou 15 de Agosto. Simplesmente, não percebo a lógica da coisa.

 

Dos históricos e afins, parecem-me intocáveis o 25 de Abril (a mais relevante para o actual sistema) e o 5 de Outubro (assim por assim, não tendo sido um primeiro regime bem sucedido, marca ainda o estabelecimento da República... sempre é melhor que brincar aos reis). Acrescento 1 de Maio pela universalidade que tem. Há quem considere mais importante que alguns destes o 1 de Dezembro, por mim tudo bem, mas porque não outras datas históricas que possam ter sido relevantes (acho que é uma caixa de pandora) e o 10 de Junho parece-me opcional, embora não tenha grandes objecções.

 

Na verdade, fora um paternalismo do Estado a forçar a recordar algumas datas - desde que moderado, nada contra -, o "teste do algodão" dos feriados seria excluir todos e perceber a reacção das pessoas no dia. É que para muita população do Cabouco (a minha terra vizinha), há muita malta a fazer dos dias da festa da terra feriados, não precisam propriamente que o Estado lhe diga que é ou não é feriado. Bem como na antiga 3ª feira de Cortejo da Queima das Fitas, os estudantes faziam feriado em todas as escolas em Coimbra e em que a tarde se estendia a certas áreas económicas. Tal como podiam tirar o dia de Natal de feriados oficiais que a malta que tivesse liberdade (ou poder de decisão) de ir ou não trabalhar iria em maioria fazer do dia um feriado.

 

Não sou contra algum, mas menos paternalismo, se faz favor.

 

* Ceirarte, uma feira de artesanato que se realiza, normalmente, desde esse feriado (5ª feira móvel) a Domingo.

 

P.S.: Corrigida a data de Implantação da República, inicialmente colocada a 10 de Outubro por engano.

escrito por João Saro às 15:14
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Paz

Há uma nova corrente pelas redes sociais a sugerir que o desmantelamento do Estado Social (que dá outra discussão) vai dar em guerra certa por essa Europa. Talvez seja uma ideia popularizada por Vasco Lourenço - um dos tais diáconos do 25 de Abril - aos media ou simplesmente este serviu de porta-voz a esta corrente.

 

Confesso que não sou conhecedor de todos os factos e pormenores para esmiuçar esta teoria - teoria? acho que foi dado como certo -, mas, assim de repente, isto parece-me... ridículo.

 

Ora bem, a União Europeia serviu (também) como uma estratégia de longo termo para paz na Europa que teve sucesso? Parece-me consensual que sim.

A construção do Estado Social (ou Providência) foi em época idêntica? Não podendo precisar ao pormenor, mas deve ser isso.

Podemos extrapolar então que o Estado Social é garante da paz? Epá, aqui acho que já não há ponta por onde se pegue. Talvez uma, muito enrodilhada que explicarei à frente, mas que me parece falaciosa.

 

Esta argumentação parece-me muito próxima da argumentação da malta do Estado Minimalista que diz que não há democracia com um Estado Gordo porque a maior parte da população fica dependente deste e só votará nos partidos que defenda o tal Estado Gordo. É um tipo de argumentação chantagiosa... podes escolher, mas tem de ser por aqui. Afinal, há muitos "só temos um caminho".

 

No entanto, vamos esmiuçar esta teoria. Assim, sem conhecer os factos históricos ao detalhe, parece-me que a Europa estar em guerra ou não, nunca se deveu a ter um Estado Providência ou não, nem sei qual a base história ou argumentativa para defender tal coisa. Parece-me, assim por acaso, que isso deve-se sobretudo aos esforços de cooperação económica entre Estados desde a II Guerra Mundial. E nem me parece provável que se a União Europeia caisse amanhã, que dentro de 10 anos haveria uma guerra entre povos europeus.

 

A única argumentação que me parece plausível, embora falaciosa, defender-se seria que sem Estado Providência não haveria paz social, sem paz social surge o populismo, com o populismo sugirá o radicalismo no poder (nacionalismos, comunismos e afins) e aí já há uma base para confronto entre povos ou nações.

 

Tudo isto me parece falacioso, até porque a paz social é subjectiva. No EUA, não se pode dizer que existe paz social? Não é mais desigual que a maioria da Europa e com menos Estado Providência?

escrito por João Saro às 04:07
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