Lançada há um ano e com um Leão de Ouro de Cannes 2012, uma das melhores campanhas de rua que já vi. Um simples canal de séries/filmes e o seu lançamento na Bélgica. "TNT - We Know Drama"
Falei dele há umas semanas e se calhar nem vai parar ali no blogroll. O Malconfort já não sei se vai ter muito seguimento.
Há uma semana deparei-me com a indignação sobre dois miudos (21 e 22 anos) de Economia terem sido contratados para técnicos especialistas de acompanhamento do memorando. Eles são alunos com licenciaturas terminadas (pós-graduações?) com notas acima da média e parece que já estagiaram uns meses à pala num gabinete do Min. de Economia e, pelos vistos, lá fora com programas como o AIESEC.
É um tacho de certeza. São jotas do PSD que garantiram apenas com o cartão de militante...
... os seus nomes são escarrapachados nas redes sociais como o último exemplo da cunha.
Mas é um tacho que não chega a mil euros brutos de pessoas qualificadas acima da média na sua área com meses de experiência através de estágios curriculares. Esta viralidade de indiganção nas redes sociais esquece-se que um licenciado - no caso do TMR - com 16 valores de nota final (19 no Secundário) formado nos anos certos facilmente consegue um lugar numa qualquer consultora privada por valores maiores.
Neste caso, apenas tenho de fazer a ressalva de não saber bem as formalidades do processo, mas achar que estas condições de entrada são um tacho político é o exemplo perfeito das redes sociais e como conseguem distorcer muita coisa.
É só countdowns para a entrevista do Sócrates.
É motivo de elogios e indignação. Há quem suspire por ele e quem o considere o culpado de todos os males.
Já nem sei o que diga. Tanto alarido em volta do regresso de Sócrates e acho que está confirmado que tomou o lugar de Salazar no imaginário político português.
Valha-nos isso, não é um passo em frente, mas é sempre um passo para um lado melhor.
Mesmo que já tenha, pelo menos, 4 anos... vem hoje a propósito.
Quando o amador até faz sentido... interessa é ser genuino.
Um dos melhores sentimentos que tenho é sentir estar a presenciar grandes momentos da história. Vê-los passar no presente e já ter essa noção (poucas vezes a temos). Ter passado a década passada com um pequeno vício chamado ténis deu-me muito prazer por isso. Até mesmo porque a nível nacional, tive muito contacto com a ascenção dos melhores tenistas lusos após uma passagem no deserto.
Lá fora, parecia impossível reviver-se momentos como Borg/McEnroe ou Sampras/Agassi. Em 2002, o próprio Sampras saíra com o recorde de Grand Slams (14) e dissera que ia levar muito tempo a aparecer alguém para o bater. Em menos de um ano, Federer começara a sua cruzada e ia sendo um autêntico "papa-slams" até aparecer Nadal. Em 6 anos e um par de dias, ele fez mais do que Sampras fez ao longo de 12 anos. Foram 15 Grand Slams.
Mas mais improvável era haver um novo melhor de sempre que a meio da sua carreira começou a rivalidade histórica... que mete em causa o próprio estatuto melhor de sempre. Rafael Nadal e Roger Federer entreteram-se a roubar Slams um ao outro, evitaram-se mutuamente de conquistar um absurdo de títulos (slams e não só) numa era muito mais exigente. A eles juntara-se, mais tarde, Novak Djokovic. Chega a ser ridículo, mas protagonizaram partidas de um nível transcendental. A compilação de pontos que aparece no minuto "6.00" e no minuto "12.30" são um hino a este desporto... o incrível é que lembro-me de pontos melhores que não estão ali.
A final de Wimbledon 2008 acabou por ter todos os ingredientes para torná-la num dos melhores momentos desportivos de sempre. Uns dizem que a final Borg-McEnroe foi melhor. Nunca saberemos, apenas sabemos que foram momentos históricos. Uma partida que parecia destinada a ser o que foi quando no match-point final os flash entraram pelo lusco-fusco para dar "hollywoodesco".
Infelizmente, parece que já não teremos muitos mais "Federer-Nadal" ao mesmo nível. Ainda não acabou, mas podemos já prestar a homenagem a estes grandes duelos.
Apanhei um artigo do Pedro Bidarra intitulado "O Turismo promove um país de criados" que teve vários impactos à medida que fui percebendo do que se tratava (confesso que ainda não sei se sei o que se trata mesmo).
O primeiro impacto foi de um banal anúncio a promover a hospitalidade dos portugueses. Independentemente de se gostar ou não do anúncio, parece-me natural e bem longe de educar um simples anúncio a promover uma das qualidades do nosso turismo. Já me preparava para um "olha lá está outro gajo a ver imposições por todo lado, quando é ele que quer impor uma moral ao seu gosto", confesso. O segundo impacto foi quando li que o anúncio se destina aos portugueses e já fiquei um bocado mais estupefacto. Para que se quer um anúncio para portugueses sobre o turismo estrangeiro e não interno?
Foi aqui que se deu um terceiro impacto em mim. Então, talvez o Bidarra e a corrente que ele gerou parece ter alguma razão. Portanto, este anúncio serve para dizer-nos que devemos ser muito amáveis com os estrangeiros? É isso?Não é que o conteúdo da sugestão tenha algum problema, mas eu não sou simpático com os estrangeiros por me vir um anúncio sugerir tal coisa. E acho mesmo um desperdício de dinheiro porque os portugueses não vão ser mais simpáticos pelo vídeo. Nós somos simpáticos (vá, no geral... que temos uns tantos antipáticos) pelas nossas características culturais.
Não nos digam para ser, nós somos. E só o devemos ser se nos apetecer. Se quiserem meter isso num anúncio, façam lá para fora.
Nota 1: Eu, por acaso, não tenho nenhum problema com a sugestão (em si) de dar-mos o corpo (literalmente) às visitas estrageiras, que parece estar implicito na campanha e que ajudou à indignação. Mas isso não é pelo turismo, ainda bem que ajuda, mas é mesmo porque os portugueses, como os outros povos, gostam de se enrolar com pessoas... e se for estrangeira, há um maior 'sex-appeal'. Agora, nisso, não me parece que tenhamos alguma vantagem competitiva com outros destinos (vá, talvez ganhemos se nos compararmos com as arábias).
Nota 2: Entretanto, o Turismo de Portugal já respondeu ao Pedro Bidarra. Acho que pouco acrescenta, mas aqui fica.
Disse-me que tinha de ir ver estes gajos numa das próximas visitas a Portugal. Talvez os ciganos mais bem amados do mundo que conseguem agradar até a um público improvável. Afinal, quase nem é preciso sair de casa. Lá vou eu ter de voltar à Queima e, pasme-se, para ver mesmo o palco principal.
"O que está hoje em causa já não é a opção pela democracia, mas torná-la efectiva e participada." no Manifesto pela Democratização do Regime
Não sou grande fã de manifestos, sobretudo porque tendem a defender políticas programáticas que não ganham forma através de manifestos, apenas dentro de um sistema democrático (sejam em eleições, em partidos ou em políticos no activo). Não que seja mau fazer-se manifestos - manifestar opiniões políticas -, mas costuma soar-me a um "deixem-me aqui participar e fazer cidadania, mas sem fazer política que eu não gosto disso... pronto, já está: assinei um manifesto".
Fiquei a conhecer agora um manifesto que me parece interessante, sobretudo pelas propostas... e propostas que têm necessariamente partir do exterior espectro partidário porque este dificilmente remodelará um sistema que convém a quem gosta de poucas surpresas políticas. Genericamente, defende abertura dos partidos (primárias, eleições de listas abertas em vez das actuais fechadas, ...), a abertura da Assembleia da República a candidaturas independentes e igualdade no acesso e transparência do processo eleitoral.
Para que se perceba a importância de outras dinâmicas democráticas, pense-se na surpresa Obama em 2008. Umas eleições que pareciam destinadas a Hillary Clinton e seriam senão existissem primárias nos EUA... inclusivé, no lado republicano, McCain seria também ele uma surpresa. Em certa parte, o povo americano via um sistema partidário/político desacreditado em 2008 após 8 anos de Bush... a diferença? Um sistema que lhes permite definir, pelo menos em parte, os candidatos a presidente.
Este é só um dos exemplos porque a Heineken está muito à frente em publicidade. Sem nunca se perder na mensagem (o principal), consegue quase todos os ingredientes necessários para um bom spot.
Enquanto só a Coca-Cola e poucas mais percebiam, há dois ou três anos atrás, que era possível fazer acções de marketing relacional com grandes marcas, a Heineken já se entretia a fazer estas "brincadeiras". É a diferença de quem vai à frente...
Continuo, no entanto, a adorar o que fazem nos registos tradicionais:
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