Atentado ao Pudor, por Tiago Moreira Ramalho, Rui Passos Rocha, Bruno Vieira Amaral e Frederico V. Gama.
A maior parte são "filhos" d'A Douta Ignorância. Pouco mais há a dizer, é visitar e ler.
A Direita Arrependida, por 'vascodcm' e Rui C. Pinto.
O nome diz tudo e já tem uns posts interessantes... incluindo o tema co-adopção.
"(...) Mal compreendeu a Doutora Varela que o rapaz não era um intelectual com vasta obra publicada no estrangeiro, mas sim um vil burguês, mandou que se interrompesse o bailado. (...)"
"(...) o salário mínimo, ao existir, traz como consequência natural que algumas pessoas o recebam. Se ninguém recebesse o salário mínimo, isso significaria que o valor era tão baixo que nem os porcos exploradores o pagariam. O salário mínimo, digamos assim, está lá mesmo para «ser usado». Tem como objectivo vedar situações de exploração, entendendo-se, por isso, que pagá-lo não constitui exploração. Claro que podemos divergir quanto a isso, mas são as regras da sociedade. Se achamos que estão mal, devemos fazer-nos ouvir junto daqueles que as podem mudar e não junto daqueles que as aplicam. Espero que compreendam. Em segundo lugar, mesmo que se ache que o salário mínimo é pouco digno, não se pode atacar o Martim (ou qualquer pessoa na sua circunstância) por haver pessoas em fábricas a recebê-lo. O Martim muito provavelmente contratou um serviço a uma outra empresa e é nessa empresa que se fazem as negociações salariais. Considerar que o Martim (ou qualquer pessoa na sua circunstância) tem o dever de, antes de contratar a empresa, saber o que vai lá dentro é de uma alienação (palavras caras) tremenda.(...)"
Tiago Moreira Ramalho in "O Atentado Ao Pudor"
Como sempre, a coisa mais eficaz que se faz por aqui é esperar uns dias sobre um tema popular e ver que texto aí na blogosfera é mais assertivo (que isto de escrever prosa dá trabalho e é para quem tem talento). Ora, no caso Martim/Raquel que aconteceu, há uma semana, nesse grande programa de debate sobre tudo e mais alguma coisa de seu nome "Prós e Contras" o melhor que encontrei foi Tiago Moreira Ramalho, o tal que tem um tacho de menos de mil euros por mês (ver nota), no recente blog conjunto (outra vez com Rui Passos Rocha).
A ver também as intervenções sobre o tema no Eixo do Mal, com abordagens bem mais interessantes do que se viu por exemplo no Governo Sombra. E sim, apesar de neste o puto empresário até ter saído como herói, Pedro Marques Lopes tem razão quando fala na aversão deste país a empresários e afins... aliás, esse é o mote da interpelação da Raquel Varela. Não estando no seu regime predilecto - o comunismo, em organização económica -, a mesma tem objecção de consciência a essa coisa de "iniciativa própria". Se existe e estão a ser bem sucedidos, é porque há "marosca" e são uns burgueses exploradores.
Enfim, ser académico é que é nobre que fazemos estudos sobre tudo e não exploramos ninguém.
Duas pequenas notas finais:
- Não foi de propósito, mas é mesmo irónico ter puxado o texto do TMR, esse tipo que tem um alto tacho no Estado de "900 e poucos euros" denunciado por algumas mesmas pessoas que abominam o salário mínimo nacional e a intervenção do que "é melhor que nada". Relembro o que disse na altura:
"O que é mais irónico nisto é que é a mesma malta que critica a falta de oportunidades para os jovens, os salários oferecidos (em parte, um argumento falacioso) e a falta de oportunidades, venha-se malhar em dois jovens qualificados acima da média por ganharem menos de mil euros."
- É bom que o Martim dê uns belos royalties à Raquel Varela pelo aumento de vendas no curto prazo, senão a Raquel (Dra. Raquel, peço desculpa) passa a ser a maior explorada no meio disto tudo. Que belo presente que deu ao puto empresário. Cheira-me que ela deu um empurrãozinho nesta coisa do empreendedorismo.
Da série top 3 perguntas clichés a perguntar a uma banda, a resposta mais genial.
... muitos professores de Sociologia da FEUC.
"Darwin, Marx e Freud formam a trindade frequentemente citada como os «fazedores do mundo moderno». Se houvesse justiça no mundo, Marx seria retirado e substítuido por Taylor."
Peter Drucker in Sociedade Pós-Capitalista (1993)
Acho bem que se estude Marx, mas a obcessão e fascínio por um tipo que falhou, em toda a linha, as suas previsões sobre a sociedade... intriga-me. E não é nada contra o homem. O tipo pensou e elaborou uma alternativa numa era completamente diferente... sabemos hoje (quer dizer, nem todos) que foi muito errática, mas é essa a vantagem que nós temos sobre ele... a experiência dessa alternativa.
O que me intriga é como professores académicos falam da análise do homem como se as suas teorias continuassem a dever ser ponderadas. Estariam no seu direito, não fosse um gajo como aluno ter de levar com trabalhos e mais estudos sobre aquelas "sábias" palavras.
Fica a questão: um estudante de Gestão tem de levar com Marx (e bem, se fosse na dose certa), mas os estudantes de Sociologia ou RI tem algumas passagens, pelo menos, de Peter Drucker?
Ser considerado guru de Gestão não lhe deve abonar muito a favor pelas aquelas áreas, mas deviam ler umas passagens... até porque parece-me que ele fala bem mais de sociologia que gestão.
Leituras complementares (não é sobre o mesmo assunto, mas era algo complementar para tornar esta coisa de Marx mais genial):
"A posição de missionário", por Rui Passos Rocha in A Douta Ignorância (Agosto 2012)
"O "Infinit Monkey Theorem", é a teoria que pressupõe que, dada uma quantia de tempo suficiente, se uma quantia infinita de macacos tivessem uma máquina de escrever, e batessem em teclas aleatoriamente, eventualmente, um deles acabaria por escrever por ordem as obras completas de Shakespeare." 'Vodkas' in http://pokerpt.com/forum/off-topic-f28/topic23653.html
Não resisti a partilhar este pedaço de sabedoria.
Qualquer dos dois seriam um justo e grande campeão.
Infelizmente, a minha clubite não permite apreciar o jogo de ontem como deve ser. Um dos melhores campeonatos de sempre a mano-a-mano com um momento dramático a determinar o vencedor. Um grande momento desportivo. Para mim e todos os benfiquistas... um grande dissabor.
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