"O que está hoje em causa já não é a opção pela democracia, mas torná-la efectiva e participada." no Manifesto pela Democratização do Regime
Não sou grande fã de manifestos, sobretudo porque tendem a defender políticas programáticas que não ganham forma através de manifestos, apenas dentro de um sistema democrático (sejam em eleições, em partidos ou em políticos no activo). Não que seja mau fazer-se manifestos - manifestar opiniões políticas -, mas costuma soar-me a um "deixem-me aqui participar e fazer cidadania, mas sem fazer política que eu não gosto disso... pronto, já está: assinei um manifesto".
Fiquei a conhecer agora um manifesto que me parece interessante, sobretudo pelas propostas... e propostas que têm necessariamente partir do exterior espectro partidário porque este dificilmente remodelará um sistema que convém a quem gosta de poucas surpresas políticas. Genericamente, defende abertura dos partidos (primárias, eleições de listas abertas em vez das actuais fechadas, ...), a abertura da Assembleia da República a candidaturas independentes e igualdade no acesso e transparência do processo eleitoral.
Para que se perceba a importância de outras dinâmicas democráticas, pense-se na surpresa Obama em 2008. Umas eleições que pareciam destinadas a Hillary Clinton e seriam senão existissem primárias nos EUA... inclusivé, no lado republicano, McCain seria também ele uma surpresa. Em certa parte, o povo americano via um sistema partidário/político desacreditado em 2008 após 8 anos de Bush... a diferença? Um sistema que lhes permite definir, pelo menos em parte, os candidatos a presidente.
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