A questão não é se ele é o melhor do mundo em 2012, a questão é se ele é o melhor de sempre? É essa a única questão que está em cima da mesa. O resto? O resto são blasfémias.
Ou então sou eu que vejo pouco e mal este jogo.
Nota: Lionel (posso tratar-te assim?), falando de coisas sérias, aquele casaco... epá, a sério?
"Os jogadores crescem e começam a ficar maduros por volta dos 25 anos... É assustador pensar no que Leonel Messi pode vir a ser no futebol mundial." Alex Ferguson
É sempre difícil comparar eras desportistas em contextos diferentes, mas também é difícil conseguir perceber quando se vê história a acontecer em tempo real. Tal como no ténis é difícil escolher entre Nadal/Federer comparando com Sampras/Agassi, Borg/McEnroe ou Laver, no futebol ainda se treme quando se fala de Messi e deste Barcelona como os melhores de sempre.
Será injusto para Maradona ou Pelé que não tiveram de provar as suas capacidades numa era com nível de dificuldade mais elevado, mas a verdade é que Messi prova a cada dia que é capaz de fazer igual num contexto mais difícil. Basta ver o golo mais falado do futebol para perceber que, apesar da genialidade de Maradona, é ridícula a dificuldade colocada pelos ingleses (qualquer equipa mediana hoje colocaria mais, nem que fosse apenas e só pela falta cirúrgica). No futebol como no ténis, os heróis do passado não tiveram a oportunidade ou a necessidade de provar a sua genialidade no actual contexto.
Basta pensar que Sampras no virar no milénio pensou que o seu recorde de 14 Grand Slams seria invencível, passada uma década (o tempo que levou a fazer o seu próprio recorde) estava batido pelo mesmo suiço que o travara em 2001 no seu "jardim".
Comparar Eras será sempre uma injustiça. Para os antigos pela falta de oportunidades, para os novos porque é sempre difícil aceitar que vemos a história a passar à frente dos nossos olhos.
Não sou propriamente um grande adepto de futebol, vejo o Benfica e alguns jogos importantes (se achar que o espectáculo vale a pena). A vantagem dos resumos é podermos ver "arte" sem perder os 90 minutos. Há semana e meia atrás, no espaço de 24 horas, o futebol e seus dois artistas deram-me motivos para o apreciar. Não por grandes fintas e penteados engraçados, mas por toques simples e geniais. E a complexidade da simplicidade só costuma ser reproduzida por génios.
Ok, se calhar, estes nem são assim tão simples, mas eles fazem-nos parecer que são. Na 6ª feira, foi Aimar a fazer uma assistência para Saviola e, no Domingo, Messi em mais um contornar de guarda-redes que parece tão básico (mas que não é assim tanto após a má recepção) e deixa qualquer guarda-redes a sentir-se, mais que nunca, impotente perante tal situação.
Minuto "4.47"
Minuto "3.28"
Existe um golo deste género, mas ainda melhor, do Messi na Champions, mas não recordo bem o jogo.
Como este deve ser o último post do ano, ficam aqui as boas entradas em 2012 ao ritmo de dois pequenos génios.
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