Um dos melhores sentimentos que tenho é sentir estar a presenciar grandes momentos da história. Vê-los passar no presente e já ter essa noção (poucas vezes a temos). Ter passado a década passada com um pequeno vício chamado ténis deu-me muito prazer por isso. Até mesmo porque a nível nacional, tive muito contacto com a ascenção dos melhores tenistas lusos após uma passagem no deserto.
Lá fora, parecia impossível reviver-se momentos como Borg/McEnroe ou Sampras/Agassi. Em 2002, o próprio Sampras saíra com o recorde de Grand Slams (14) e dissera que ia levar muito tempo a aparecer alguém para o bater. Em menos de um ano, Federer começara a sua cruzada e ia sendo um autêntico "papa-slams" até aparecer Nadal. Em 6 anos e um par de dias, ele fez mais do que Sampras fez ao longo de 12 anos. Foram 15 Grand Slams.
Mas mais improvável era haver um novo melhor de sempre que a meio da sua carreira começou a rivalidade histórica... que mete em causa o próprio estatuto melhor de sempre. Rafael Nadal e Roger Federer entreteram-se a roubar Slams um ao outro, evitaram-se mutuamente de conquistar um absurdo de títulos (slams e não só) numa era muito mais exigente. A eles juntara-se, mais tarde, Novak Djokovic. Chega a ser ridículo, mas protagonizaram partidas de um nível transcendental. A compilação de pontos que aparece no minuto "6.00" e no minuto "12.30" são um hino a este desporto... o incrível é que lembro-me de pontos melhores que não estão ali.
A final de Wimbledon 2008 acabou por ter todos os ingredientes para torná-la num dos melhores momentos desportivos de sempre. Uns dizem que a final Borg-McEnroe foi melhor. Nunca saberemos, apenas sabemos que foram momentos históricos. Uma partida que parecia destinada a ser o que foi quando no match-point final os flash entraram pelo lusco-fusco para dar "hollywoodesco".
Infelizmente, parece que já não teremos muitos mais "Federer-Nadal" ao mesmo nível. Ainda não acabou, mas podemos já prestar a homenagem a estes grandes duelos.
Alguns dos melhores pontos de 2011
Suponho que seja apenas uma selecção algo arbitrária, que apesar de já não acompanhar como há uns atrás, vi pontos de realce a ficarem de fora.
Para os anti-Nadal, avancem para o minuto "1.12"... têm razão, ele não tem talento nenhum...
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