Sábado, 10 de Novembro de 2012

Ai, os militares...

(Roubado ao 5dias.net... com propósitos diferentes, sim)

 

Este suspiro pelos militares é um bocado idêntico aos suspiros pelo papel do Presidente da República. No alto das suas cadeiras, os militares é que sentem o povo e por ele lutarão com o seu material bélico. Ai, os militares.

 

Com esta anologia, compreendo a minha repulsa pela a estruturação do sistema político português, mas que, aparentemente, todos apreciam. É sempre bom ter uma última figura em que se refugiar. O Presidente da República é uma espécie de último refúgio democrático (podia-se falar tanto sobre a coisa democrática nesta figura) quando ainda não estamos no desespero, os militares são o último refúgio para revolucionar isto tudo quando se atinge esse ponto.

 

Isto, dificilmente, descamba para uma revolução militar (pelo menos, a breve trecho), mas estes suspiros são tão saudosistas... e não muito longe dos mesmos que dizem que "no tempo do Salazar, é que era". Pensar que só por terem armas se podem achar num direito superior, é assustador. E que democracia (e nada garante que tenha este nome) melhor propõem eles?

 

Apenas duas coisas para terminar: (1) se os militares resolvessem alguma coisa, éramos um país esclarecido (3 revoluções militares profundas durante o séc. XX); (2) os militares não me representam, ponto.

escrito por João Saro às 01:54
link | comentar | favorito
Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011

25 de Abril ou 25 de Novembro

(11 de Março de 1975 . ver a partir de 5m58s)

 

O título é menos provocatório do que aparenta. Existe sempre uma necessidade de algumas pessoas referirem-se ao 25 de Abril como "a sua data ou a sua revolução". O que me deixa intrigado para que servia a revolução. Já na 1ª República se passaram 16 anos em que vinha o Manel "destronar" o actual poder porque ele é que vinha implementar a verdadeira República. Mal se passavam uns meses, vinha o Joaquim matar o Manel para subir ao palanque para enunciar que a sua República é que era.

 

O 25 de Novembro veio acentuar esta ideia dando uma data à direita (seja o que isso for, em Portugal... na altura, pelos vistos, era tudo o que não era comunista) que, não renegando o 25 de Abril, estabelecia ali o momento do esclarecimento da revolução. A partir daí, do PCP para a sua esquerda, o dia de hoje ficou marcado como o final dos ideais do 25 de Abril e a sua luta foi sempre o restabelecimento desta data.

 

Eu cá preferia esquecer essa coisa dos ideais quer de uma quer de outra data e pensar mais (sou um bocado chatinho) em democracia e liberdade. Epá, se estas datas são apenas para ser de alguns portugueses, então quero uma revolução para uma data que me dê mais jeito.

 

P.S.: Um post muito interessante de Pedro Lains, um bocado mais ao propósito do vídeo e porquê isto "do meu 25 de Abril" nunca ter dado para o torto (tipo guerra civil) como poder ser um gene nem sempre muito positivo na sociedade portuguesa (cunha e afins).

P.S.2: Ía-me esquecendo do post... http://pedrolains.typepad.com/pedrolains/2009/11/o-25-de-novembro.html

escrito por João Saro às 16:48
link | comentar | favorito

Mais sobre quem digo que sou

Pesquisar neste blog

Links

Posts recentes

Ai, os militares...

25 de Abril ou 25 de Nove...

Arquivos

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Maio 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Escritório

Bloco de notas

subscrever feeds